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Como fazer a revisão bibliográfica do TCC

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Como fazer a revisão bibliográfica do TCC

Olívia Baldissera
Por Olívia Baldissera em Jun 30, 2023 3:47:57 PM | 11 min de leitura

Depois de tantas aulas, disciplinas, leituras e atividades práticas, chegou o grande momento.

Momento de apresentar as suas ideias.

Momento de colocar no papel (ou melhor, em um arquivo de Word) o que você aprendeu durante a graduação.

Sim, chegou a hora de escrever o seu Trabalho de Conclusão de Curso, carinhosamente chamado de TCC.

Essas três letras se referem a uma atividade acadêmico-científica realizada por estudantes do Ensino Superior nos últimos semestres do curso. A aprovação nessa etapa é fundamental para conquistar seu diploma, seja na modalidade presencial, semipresencial ou EAD.

😱 “Eita, nem sei por onde começar”. Isso passou pela sua cabeça?

Um bom ponto de partida é a revisão bibliográfica. Aqui você vai ver o que não pode faltar nessa seção do seu TCC, além de conhecer as normas mais importantes da ABNT.

Confira:

  1. O que é a revisão bibliográfica
    1.1 Os 3 tipos de revisão bibliográfica
  2. Por que a revisão bibliográfica é tão importante no TCC
  3. Quais publicações usar na revisão bibliográfica
  4. Por onde começar a revisão bibliográfica
  5. Regras da ABNT para revisão bibliográfica
    5.1 Como fazer citação na revisão bibliográfica de acordo com a ABNT
  6. BÔNUS: os erros mais comuns na hora de fazer a revisão bibliográfica do TCC
  7. Conclusão

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O que é a revisão bibliográfica

A revisão bibliográfica é um processo de levantamento, análise e descrição de publicações científicas de uma determinada área do conhecimento. Ela também é chamada de revisão de literatura, referencial teórico ou fundamentação teórica.

Como o nome já diz, é uma revisão do que já foi escrito e discutido por outros pesquisadores sobre o assunto que você vai abordar no seu TCC. Esse processo é essencial para definir o seu problema de pesquisa, além de ajudar a entender como o seu trabalho contribui para o desenvolvimento do conhecimento no seu campo.

CUIDADO: você não deve incluir vários autores na sua revisão bibliográfica apenas para mostrar o que leu durante a produção do TCC. É preciso avaliar criticamente o que já foi publicado e selecionar o que faz sentido para sua pesquisa.

Os 3 tipos de revisão bibliográfica

Os tipos de revisão bibliográfica são definidos de acordo com o método de elaboração. Nem todos são indicados para um TCC de graduação, devido ao pouco tempo para desenvolvê-lo – geralmente um semestre ou um ano, dependendo da instituição de ensino.

1. Revisão narrativa

A revisão bibliográfica não precisa contemplar todas as fontes de informação nem adotar critérios explícitos e sistemáticos. Tem grande influência da subjetividade do pesquisador.

Mais utilizada em TCCs de graduação, dissertações de mestrado e teses de doutorado.

2. Revisão sistemática

É um tipo de investigação científica. Reúne e sistematiza dados de estudos primários, testa hipóteses e avalia criticamente o método de pesquisas anteriores.

Indicada para embasar a tomada de decisão na prática clínica e na gestão pública.

3. Revisão integrativa

Auxilia na revisão bibliográfica de estudos de diferentes campos e metodologias. O processo contribui para a definição de conceitos, identificação de lacunas no conhecimento e revisão de teorias.

Por que a revisão bibliográfica é tão importante no TCC

É a revisão bibliográfica que garante confiabilidade e qualidade técnica e científica ao seu trabalho. Ela também demonstra o seu domínio dos conhecimentos teóricos e práticos necessários para exercer uma profissão após receber o diploma.

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Quais publicações usar na revisão bibliográfica

O que seriam essas publicações levantadas para a revisão bibliográfica?

São artigos científicos, capítulos de livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado e comunicações apresentadas em congressos acadêmicos.

Com tanta informação disponível, é preciso saber o que priorizar. Dê preferência a artigos publicados há menos de 5 anos em revistas científicas que contam com um comitê editorial e revisão feita por pares.

A ordem de prioridade na seleção de trabalhos para a revisão bibliográfica é:

  1. Artigos publicados em periódicos científicos internacionais;
  2. Artigos publicados em periódicos nacionais bem avaliados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES);
  3. Livros publicados por pesquisadores referência em suas áreas de atuação;
  4. Teses e dissertações;
  5. Anais de conferências internacionais;
  6. Anais de conferências nacionais.

Dependendo do tema do seu TCC, tenha cuidado ao consultar pesquisas com mais de 10 anos. A produção de conhecimento científico não para, o que pode tornar um artigo defasado em poucos anos.

Fachada da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). Créditos: Marcello Casal Jr/Agência Brasil.Fachada da CAPES, órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Marcello Casal Jr/Agência Brasil.

Por onde começar a revisão bibliográfica

Se antes a dúvida era por onde começar o TCC, agora a pergunta é: por onde começar minha revisão bibliográfica?

O guia a seguir vai te ajudar a organizar essa etapa do trabalho. Ele é um resumo das orientações presentes no livro “Metodologia científica” (2006), escrito pelos pesquisadores Amado Cervo, Pedro Bervian e Roberto da Silva.

1. Defina o fio condutor do seu TCC

Antes de começar a revisão bibliográfico, é preciso saber aonde você quer chegar com o seu TCC.

É isso que os orientadores na universidade costumam chamar de “fio condutor”, a linha de raciocínio que vai nortear a produção do texto, da introdução à conclusão.

Você não precisa já ter o seu problema de pesquisa definido, mas é importante saber o tema que será abordado. Para ter uma visão geral, leia os livros clássicos sobre a temática do seu trabalho e entenda os conceitos-chave. Seu orientador pode te ajudar com indicações de leitura.

A partir da leitura dos clássicos você pode elaborar o roteiro da sua revisão bibliográfica. Liste os pontos que o seu texto deve contemplar para seguir o fio condutor da pesquisa.

2. Faça o levantamento das publicações em fontes confiáveis

Com o roteiro em mãos, é hora de selecionar as publicações que vão fazer parte da sua revisão bibliográfica.

As principais fontes confiáveis para encontrar trabalhos acadêmicos são:

Também verifique na secretaria da coordenação do seu curso se a sua universidade tem acesso à Comunidade Acadêmica Federada (CAFe) da CAPES e às bibliotecas digitais de outras instituições de ensino. São mais caminhos para encontrar publicações que vão ajudar no seu TCC.

Evite usar artigos de opinião de jornais e revistas e artigos da Wikipédia.

Mas como saber se a publicação será útil para o meu TCC?

Antes de ler tudo o que você selecionou, confira o que está escrito nos resumos das publicações.

Todo artigo científico, dissertação e tese trazem logo no início um resumo com o tema, problema-chave, hipóteses, metodologia e conclusão da pesquisa.

O resumo vai te ajudar a separar os materiais que são relevantes para sua revisão bibliográfica e que devem ser lidos na íntegra.

3. Faça fichamentos das publicações selecionadas

Provavelmente você usou fichamentos em outras disciplinas da graduação. Mais uma vez, eles serão grandes aliados nos seus estudos.

A Ideia é listar em tópicos as partes mais importantes da publicação, que serão consultados quando você estiver escrevendo a revisão bibliográfica.

Lembre-se de anotar as páginas em que estão os tópicos. Isso vai te ajudar bastante na hora de fazer as citações e referências bibliográficas.

4. Organize suas referências bibliográficas

Use um gerenciador de referências para consultar as publicações que você leu e fichou. Essa ferramenta reúne as informações que precisam constar nas citações e referências bibliográficas, além de servir como uma biblioteca digital particular.

Os gerenciadores de referências mais conhecidos são:

Os quatro são gratuitos e podem ser integrados aos processadores de texto Microsoft Word e LibreOffice. Essa integração permite a inserção das citações e referências diretamente nos textos.

5. Relacione os autores ao escrever a revisão bibliográfica

Com os fichamentos prontos, chegou a hora de colocar a mão no teclado e escrever a revisão bibliográfica.

O texto deve ser objetivo, sem floreios, e demonstrar os pontos de concordância e divergência das publicações que você selecionou para sua pesquisa.

Evite o formato ficha de leitura, que siga o formato “o autor ‘A’ disse isso, o autor ‘B’ disse aquilo”. Este tipo de escrita tira a fluidez da leitura, além de deixar o seu texto enfadonho.

Você pode combinar diferentes abordagens:

  • Expositiva: fazer um resumo das pesquisas levantadas sobre o seu tema;
  • Questionadora: apresentar perspectivas futuras sobre seu tema de pesquisa, a partir de publicações mais recentes sobre o assunto;
  • Histórica: fazer uma linha do tempo das pesquisas que fizeram você chegar ao problema do seu TCC;
  • Opinativa: descrever as mudanças na trajetória cientifica de um determinado tema.

IMPORTANTE: quando mencionar as ideias de um outro autor, lembre-se de colocar a referência seguindo as normas da ABNT. Elas serão detalhadas mais adiante.

Regras da ABNT para revisão bibliográfica

Seja em um artigo científico, em uma monografia ou em um projeto prático, toda revisão bibliográfica de TCC deve seguir as regras da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

As principais normas da ABNT são:

Papel

Os trabalhos acadêmicos, se impressos, devem ser apresentados em papel branco ou reciclado, formato A4 (21 cm x 29,7 cm), digitados em cor preta, podendo utilizar outras cores somente para ilustrações.

Impressão

Recomenda-se que os elementos textuais e pós-textuais sejam impressos no anverso e verso das folhas.

Margens

  • Anverso (frente da folha) — esquerda e superior de 3 cm; direita e inferior de 2 cm.
  • Verso (traseira da folha) — direita e superior de 3 cm; esquerda e inferior de 2 cm.

Espaçamento

O texto deve ser redigido com espaçamento 1,5 entre linhas. Em citações de mais de três linhas, notas de rodapé, referências, legendas das ilustrações e tabelas, utiliza-se espaço simples.

Parágrafo

No corpo do texto, deve-se observar a padronização dos parágrafos, utilizando-se 1,25 cm como recuo.

Fonte

Arial ou Times New Roman.

Tamanho da fonte

Recomenda-se a utilização de fonte tamanho 12 para todo o trabalho.

Já nas citações de mais de três linhas, notas de rodapé, paginação, dados internacionais de catalogação na publicação, legendas e fontes das ilustrações e nas tabelas, recomenda-se utilizar fonte tamanho 10.

Nota de rodapé

As notas devem ser digitadas dentro das margens, ficando separadas do texto por um espaço simples entre as linhas.

Referências bibliográficas

Para formatar as referências, alinha-se o texto à margem esquerda, separando as citações uma das outras com um espaço simples.

Deve-se usar o mesmo tipo e tamanho de fonte do texto do artigo e não utilizar numeração.

O modelo para escrever uma referência é:

ÚLTIMO SOBRENOME, Nome e Segundo sobrenome. Título da obra. Nº da edição. Cidade: Editora, ano de publicação.

Como fazer citação na revisão bibliográfica de acordo com a ABNT

Provavelmente você terá que citar trechos de alguma publicação na sua revisão bibliográfica.

A ABNT também definiu regras de como fazer essa citação, de forma direta ou indireta. Também é possível fazer uma citação da citação (apud).

Citação direta

Transcrição na íntegra de parte da obra do autor consultado. A indicação da página é obrigatória.

Existem dois tipos de citação direta:

  1. Curta, com até 3 linhas;
  2. Longa, com mais de 3 linhas.

A citação curta é inserida no corpo do texto, entre aspas. Já a longa deve ser feita em um parágrafo diferente, em fonte tamanho 10, com recuo de 4 cm da margem esquerda e espaçamento simples.

Citação indireta

Texto que condensa, traduz ou interpreta partes da obra de um autor, mantendo-se fiel ao conteúdo. Não deve ser apresentado entre aspas. A indicação da página é opcional.

Citação da citação (apud)

Indicação do sobrenome do autor da fonte não consultada, mas que foi citada em outra obra, seguida pela expressão “apud”. O termo significa “citado por, conforme”. Em seguida, deve constar o sobrenome do autor da obra consultada.

Nas referências bibliográficas ao final do TCC, deve constar apenas a referência completa da obra consultada. O autor da citação indicada por “apud” não deve ser listado.

A referência completa da fonte não consultada deve ser inserida em uma nota de rodapé.

Estrutura de um TCC

Estrutura de um trabalho acadêmico, de acordo com a ABNT. Fonte: ABNT NBR 14724:2011.Estrutura de um trabalho acadêmico, de acordo com a ABNT NBR 14724:2011.
1. A nomenclatura dos títulos dos elementos textuais fica a critério do autor.

🏆BÔNUS: os erros mais comuns na hora de fazer a revisão bibliográfica do TCC

Como parte do TCC, a revisão bibliográfica será avaliada por uma banca de professores, que aprovará ou não o seu trabalho.

A banca vai ficar atenta se você cometeu algum dos erros abaixo:

  • Revisão bibliográfica breve, que recorre a poucos autores ou não menciona obras clássicas do tema pesquisado;
  • Referências incompletas ou erradas;
  • Falta de parágrafos que resumam as principais ideias do texto na conclusão da revisão bibliográfica;
  • Adaptação de ideias de autores para elas reforçarem o seu ponto de vista;
  • Não relacionar as publicações consultadas ao problema de pesquisa apresentado na introdução do TCC.

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Conclusão

Confiante para planejar a revisão bibliográfica do seu TCC?

Com essas orientações, você tem todas as ferramentas para passar pela última etapa da graduação e, assim, conquistar o seu diploma.

O TCC comprova todo o conhecimento adquirido na faculdade. Por isso a importância de estudar em uma instituição de ensino que garanta a formação necessária para ingressar no mercado de trabalho.

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Como fazer apresentação de trabalho na universidade [GUIA COMPLETO]

A apresentação de trabalho é uma atividade muito comum na faculdade, sendo requisitada tanto em curso de humanas quanto ...
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Por que seu autoconceito é afetado quando você vai mal em uma prova

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O que é autoconceito

Autoconceito é o conjunto de percepções e ideias que uma pessoa tem de si própria. Ele abrange todos os pensamentos, características e sentimentos sobre nós mesmos. 

O autoconceito nasce e se desenvolve com o ser humano, de acordo com as suas vivências. Ou seja, essa imagem de si próprio está em constante processo de formação, podendo, assim, se modificar conforme as experiências que temos ao longo da vida.

Autoconceito é um termo amplamente utilizado em diferentes tipos de psicologia, embora tenha sido altamente desenvolvido pela psicologia humanista.

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Os componentes do autoconceito

Um dos principais nomes da psicologia humanista é Carl Rogers. Dentro de suas teorias e estudos, o psicólogo estadunidense sugeriu que o autoconceito é formado por três componentes:

Autoimagem

A autoimagem é a forma como nos vemos. Ela inclui a percepção que temos do nosso aspecto físico, dos nossos papéis sociais e dos nossos traços de personalidade.

É importante reforçar que a autoimagem de um indivíduo nem sempre corresponde à realidade. Diversas situações podem distorcer a visão que uma pessoa tem de suas características.

Um exemplo são as pessoas que sofrem de anorexia. Esses indivíduos têm um olhar distorcido sobre os seus corpos, enxergando-os de uma forma diferente do que são na realidade.  

Assim, podemos dizer que essas distorções podem ser positivas ou negativas. Um indivíduo pode ter uma visão mais positiva de certos aspectos do ‘eu’ e uma visão mais negativa de outros.

Autoestima

A autoestima diz respeito ao valor que colocamos em nós mesmos e à forma como avaliamos nossas atitudes, aparência e vivências. 

Essas avaliações abrangem comparações pessoais com os outros, bem como as respostas de outras pessoas a nós.

Quando nos comparamos com os outros e descobrimos que somos melhores em algo, nossa autoestima cresce em determinado aspecto.

Por outro lado, quando nos comparamos com os outros e descobrimos que não somos tão bem sucedidos em uma certa área, nossa autoestima diminui.

Eu ideal

O “eu ideal” reúne tudo aquilo que gostaríamos de ser. É muito comum que exista sempre uma diferença entre a autoimagem da pessoa e seu ‘eu ideal’. 

Como se constrói o autoconceito

O autoconceito é algo inerente ao ser humano, desenvolvendo-se logo na primeira infância.

Por mais que esse processo continue por toda a vida, é na infância e na adolescência que o autoconceito de uma pessoa passa por mais transformações e crescimento. 

É na infância que a criança começa a se diferenciar dos demais e a compreender seus “eus” separados e singulares. 

Também nessa fase, elas passam a prestar mais atenção em suas capacidades e vontades, assim como a fazer comparações e perceber os grupos sociais que as rodeiam. É nesse ponto que o “eu ideal” e a autoimagem começam a ser construídos. 

Contudo, o período chave para compreender o autoconceito é a adolescência. Afinal, o autoconceito estabelecido durante a adolescência geralmente é a base do autoconceito para o restante da vida. 

Durante a adolescência, as pessoas experimentam diferentes papéis, personas e “eus”. Para os adolescentes, o autoconceito é influenciado pelo sucesso em áreas que eles valorizam e as respostas dos outros valorizados para eles. 

O sucesso e a aprovação nessa fase da vida podem contribuir para uma maior autoestima e um autoconceito mais forte na vida adulta.

Por isso, pensando especialmente nos jovens que estão na fase do vestibular e Enem, é tão importante que o autoconceito seja bem trabalhado e solidificado nessa fase.  

Por que nosso autoconceito fica abalado quando vamos mal em um teste 

Quando não conseguimos o resultado esperado em uma prova, é normal que o sentimento de frustração nos aflija – especialmente para quem gastou parte dos seus esforços e tempo estudando

Esse sentimento de impotência e decepção pode nos fazer questionar aquilo que pensávamos conhecer sobre nós mesmos. É aí que mora o perigo!

Será que eu me saí mal porque não sou inteligente? Qual o problema comigo? Por que todos vão bem em tal conteúdo e eu não? Será que essa faculdade não é para mim? Essas são algumas das perguntas que surgem na mente nesse momento e podem abalar o autoconceito que uma pessoa tem de si. 

Como explicamos anteriormente, o autoconceito de uma pessoa é construído ao longo da vida, dependendo das experiências que esse indivíduo passa. 

O momento que antecede a entrada no ensino superior é sempre de muita ansiedade e expectativas, além de marcar, muitas vezes, a transição da adolescência para a vida adulta. Sendo assim, podemos dizer que essa fase pode ser uma das mais constitutivas para o autoconceito de um indivíduo. 

É por isso que quando vamos mal em uma prova importante, como o Enem e o vestibular, a percepção que temos sobre nós mesmos se abala. 

No entanto, é essencial encontrar maneiras de superar o desânimo e não deixar que isso afete de forma definitiva a imagem que você tem de si mesmo. 

No tópico a seguir, trazemos algumas. Não perca!

Como trabalhar nosso autoconceito em 4 passos 

Não se saiu bem no Enem ou no vestibular? Está se sentindo frustrado e incapaz? É normal ficar abalado ao receber uma notícia negativa, contudo é essencial que não deixemos que isso afete a percepção que temos de nós mesmos. 

Afinal, não é porque você foi mal em uma prova que você não é inteligente ou não tem capacidade para alcançar seus objetivos. 

Abaixo, trazemos algumas dicas para trabalhar e fortalecer positivamente seu autoconceito. Confira:

1 - Não se compare

Sabemos que é praticamente inevitável não nos compararmos com as pessoas que estão à nossa volta. No entanto, ao fazer esse movimento, é preciso ter muito cuidado para não nos inferiorizarmos diante do outro. 

Cada pessoa tem sua trajetória e suas particularidades. Por isso, muitas vezes, mesmo estudando o mesmo número de horas e assistindo as mesmas aulas, pode acontecer de você não se sair tão bem quanto seu colega. 

Na maioria das vezes, só vemos uma face das pessoas que estão próximas de nós, existem diversos aspectos que não estão ao nosso alcance. 

Dessa forma, ficar se comparando, especialmente nesse momento de Enem e vestibular, pode não ser a melhor escolha. 

Lembre-se de que cada pessoa tem o seu processo e o seu tempo. A sua hora de entrar na universidade também vai chegar. E demorar mais ou menos para isso não faz de você pior ou melhor do que ninguém. 

2 - Entenda que todo mundo tem qualidades e defeitos 

Se você se saiu mal em uma prova, isso não quer dizer que você não seja inteligente ou seja incapaz de alguma forma. É muito comum que tenhamos mais dificuldade em alguns conteúdos do que em outros. Ou seja: não se cobre tanto!

Todo mundo tem qualidades e defeitos! O importante é você conhecer os seus pontos fortes e fracos e trabalhá-los. 

Para isso, pode ser necessário passar por um processo de autoconhecimento.

3 - Trabalhe a inteligência emocional 

Inteligência emocional é um conceito em psicologia que descreve a capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros, assim como a capacidade de lidar com eles. 

Trabalhar a inteligência emocional é uma forma de se tornar mais resiliente e encarar de forma mais tranquila as adversidades da vida no geral. 

Isso permite que você não mude sua percepção de si mesmo só porque as coisas não saíram conforme suas expectativas. 

4 - Busque ajuda profissional 

É inevitável se sentir desanimado ao ser reprovado no vestibular ou se sair mal no Enem. Afinal, você dedicou parte de seu tempo e de seus esforços para alcançar um objetivo que não se concretizou. 

Entretanto, se as frustrações estiverem ocupando um espaço muito grande na sua vida, ao ponto de causarem danos à saúde física e mental, é hora de considerar a ajuda de um profissional.

Conversar com um psicólogo ou psiquiatra pode ajudar muito a superar suas dificuldades e trazer mais conforto para esse momento.

Descubra os segredos para tirar nota 1000 na redação do ENEM! 

Conclusão 

Neste artigo, falamos sobre autoconceito e explicamos como trabalhá-lo para ter uma vida melhor. Se você gostou desse conteúdo, não deixe de conferir outros textos do Blog do EAD UMC:

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Dificuldades de socializar? Veja como se adaptar ao mundo pós-pandemia

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Relações e sociedade: os impactos da covid-19

A covid-19 trouxe diversas mudanças para a vida em sociedade. Com a alta taxa de transmissibilidade e o aumento do número de óbitos, desde março de 2020, o mundo todo se tornou mais recluso. 

O isolamento social foi uma estratégia adotada por grande parte das nações. Com isso, muitas pessoas passaram meses saindo de casa apenas para fazer o essencial, como compras no supermercado e farmácia. 

Não é à toa que Collins Dictionary elegeu "lockdown'' como a palavra do ano de 2020. A escolha da WOTY (Word of the Year) sempre reflete o que aconteceu de mais importante no período. Como não podia deixar de ser, o termo de 2020 resume a experiência da pandemia da covid-19. 

Nesse período, muitos indivíduos só tinham contato com seus familiares coabitantes, ou seja, que dividem o mesmo espaço. Outras pessoas passaram meses sozinhas em suas casas, tendo contato com o mundo exterior majoritariamente de forma virtual. 

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Segundo uma pesquisa da Kantar, marca especializada em pesquisa de mercado, as redes sociais, como o Facebook, WhatsApp e Instagram, tiveram um crescimento de uso de 40% na pandemia.

Ou seja, o uso das ferramentas digitais, como aplicativos de mensagens e chamadas de vídeo, se intensificou ainda mais, transformando a forma como as pessoas se comunicam e interagem. 

Contudo, com o avanço da vacinação em 2021, e a consequente queda no número de contágios e óbitos, o mundo passou a viver uma nova fase, com mais flexibilidade e muitos reencontros. 

Diversos profissionais que atuaram em home office durante o auge da pandemia da Covid-19 voltaram a frequentar o escritório, por exemplo. Amigos e familiares também passaram a organizar encontros presenciais novamente. 

No entanto, por mais positiva que seja essa mudança, nem todas as pessoas estão conseguindo se relacionar da mesma forma de antes do vírus, o que é completamente natural. 

É normal desaprender a socializar depois de tanto tempo de isolamento 

Se você está sentindo dificuldade em interagir depois de tanto tempo em isolamento, não se preocupe, isso é bem mais normal e comum do que parece! Não é surpreendente que muitos de nós possam estar se sentindo socialmente "enferrujados".

Todas as pessoas, em diferentes graus, vivenciaram a solidão e o isolamento social durante a pandemia, duas condições que podem estar ligadas ao declínio cognitivo de maneiras específicas. Por isso, são esperados alguns contratempos na hora de voltar a socializar. 

O isolamento social prolongado afeta a memória e a recordação verbal. Como criaturas sociais, os humanos precisam de bastante estímulo interativo para manter seus cérebros em boas condições. Dessa forma, é normal sentir um pouco de dificuldade para voltar a interagir e participar de encontros.

Por isso, é importante sermos pacientes e gentis com nós mesmos. Não há necessidade de pressa para se livrar desse estranhamento também.

Como aconselha o Centro Nacional de Ansiedade Social dos Estados Unidos, "tenha em mente que cada um de nós agora é, até certo ponto, socialmente desajeitado". Ou seja, é normal levar um tempo para se sentir totalmente confortável e disposto para estar e conversar presencialmente com outras pessoas. 

Como será o mundo pós-pandemia 

A pandemia antecipou diversas mudanças que já estavam em curso na sociedade, como o trabalho remoto e a educação a distância, por exemplo. O isolamento social provocou mudanças de hábitos, acelerando diversas tendências que já estavam em pauta na sociedade. 

Em entrevista ao programa O Mundo Pós-Pandemia, a antropóloga e historiadora Lilia Schwarcz explicou que a pandemia irá alterar o curso da história da humanidade e aquilo que compreendemos sobre o século atual. 

“A pandemia vai alterar os nossos livros de história. Inclusive, ela vai mudar a datação de quando começa o século 21. Na minha opinião, o século 21 começa nesta pandemia”, explicou a pesquisadora. 

Abaixo, trazemos alguns dos principais impactos e tendências que a pandemia da Covid-19 trouxe:

E-commerce

A pandemia fez nascer uma nova geração de consumidores. 

Dados do Movimento Compre & Confie da Neotrust apontam que mais de 20 milhões de pessoas compraram online pela primeira vez no Brasil na pandemia, o que configura um total de 42,9 milhões de consumidores únicos. 

O número representa um crescimento exponencial e um marco para o e-commerce do país, fazendo com que o comportamento de bater perna atrás de promoção definitivamente seja coisa do passado.

Debates sociais

O avanço do coronavírus também potencializou a preocupação com a saúde e os debates sociais. 

O relatório Twitter Trends Brasil, elaborado com base na análise de 300 mil tópicos na plataforma, aponta um crescimento de 148% nas conversas sobre cuidado comunitário; 175% em igualdade de direitos à saúde; 47% em saúde integral; 20% em autocuidado; e 17% em saúde mental.

Trabalho remoto

Com as restrições de circulação e as medidas de isolamento social, muitas empresas mudaram sua forma de operar durante a pandemia, fazendo com que seus funcionários trabalhassem de forma remota.

Em função disso, muitas empresas perceberam que o trabalho remoto é um modelo interessante, permitindo que os colaboradores tenham mais qualidade de vida, até mesmo, e as organizações reduzam seus gastos.

Segundo a McKinsey, mesmo com a melhora no cenário pandêmico, pelo menos 88% das companhias avaliam mudanças em sua estrutura. Além do formato remoto, estão previstas a ampliação de modelos de gestão por projetos, a remuneração mais variável e relações menos rígidas de hierarquia, o que dará origem a um conceito mais colaborativo dentro das companhias.

Ou seja, a pandemia trouxe importantes mudanças para o mundo do trabalho. 

Educação a distância

A educação a distância (EAD) já era uma modalidade muito explorada no mundo.

Contudo, com a pandemia da covid-19, esse modelo de ensino ganhou ainda mais relevância. 

Pela primeira vez, quase todas as instituições de ensino, desde o ensino básico, tiveram que adaptar suas atividades para o digital, o que certamente abriu um novo leque de possibilidades quanto ao assunto. 

Além disso, diversos estudantes que tinham preconceito com o ensino a distância puderam vivenciar na prática como funciona o modelo, o que possivelmente ajudou a quebrar tabus sobre o assunto e a intensificar essa tendência. 

O ensino híbrido, mesclando atividades presenciais e a distância, também tende a se solidificar no mundo pós-pandemia.

4 passos para se adaptar ao mundo pós-pandemia 

Foram muitas as mudanças, não é mesmo? Abaixo, trazemos cinco passos para ajudar você a se adaptar ao mundo pós-pandemia. Confira:

1-Respeite o seu tempo

Se você ainda não está pronto para reencontrar amigos e familiares, não hesite em negar convites. Respeitar o seu tempo é essencial nesse momento. Cada pessoa tem um ritmo e uma vivência diferente, sendo normal que alguns indivíduos se sintam mais confortáveis do que outros. 

Saiba identificar os seus limites e respeite o seu processo!

2 - Converse com pessoas de confiança

Mesmo que cada pessoa tenha vivenciado de uma forma diferente o isolamento social, a pandemia foi uma experiência coletiva e provocou traumas em quase todas as pessoas. 

Dessa forma, conversar com pessoas de confiança sobre suas inseguranças é uma ótima forma de recomeçar sua inserção social.

3 - Não espere mudanças do dia para a noite 

O processo de reinserção social não acontece do dia para a noite, é normal levar um tempo para se acostumar a ver os colegas de trabalho presencialmente, encontrar os familiares e até mesmo usar o transporte público. 

Ou seja, não se frustre se esse processo está sendo mais demorado para você, ok?

4 - Procure ajuda profissional 

Você sabia que a terapia pode ser um grande aliado nesse processo de ressocialização?

Psicólogos e psiquiatras podem o orientar melhor sobre como se adaptar ao mundo pós-pandemia, identificando, até mesmo, se existe algum transtorno — como depressão e ansiedade — por trás da sua dificuldade. 

Nunca hesite em procurar ajuda médica! 

Conclusão 

Neste artigo, falamos sobre o mundo pós-pandemia, explicando as principais mudanças e como se adaptar ao novo normal. 

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